Através
das narrativas de moradores das ilhas de Porto Alegre (Brasil), sobre
lugares “assombrados”, busca-se investigar os significados
atribuídos a espaços contemporaneamente protegidos por
políticas ambientais. As narrativas fazem referência
à entidades sobrenaturais, protetoras dos banhados, beiras
de rios, árvores e espécies animais, estabelecendo uma
relação fundamental das ilhas com a Cidade de Porto
Alegre, enquanto território cuja memória remete aos
mitos de fundação da cidade pela navegação
fluvial. Os gestos dos narradores face aos espaços ‘assombrados’
são a chave para desvendar ritmos e esquemas de imagens para
onde convergem os olhares desses narradores quanto à sua paisagem
habitada.
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